quinta-feira, 1 de agosto de 2013

'A Liga' aposta em mudança de formato, mas mantém polêmica

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Após três temporadas e um verdadeiro rodízio de apresentadores, A Liga volta ao ar renovada, porém com sua essência contestadora intacta. Este ano, o programa traz uma linha editorial mais polêmica com temas que estão em alta na sociedade, como a violência no universo do funk – reforçado pelo assassinato recente do Mc Daleste durante um show em São Paulo –, a proposta da "cura gay", incitada pela Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, e a entrada ilegal de haitianos pelas fronteiras desprotegidas do Brasil. Colocando em pauta um conteúdo jornalístico de primeira, sem apelar para o sensacionalismo corriqueiro da TV aberta.

Uma das mudanças mais visíveis do jornalístico está em seu elenco. Além dos veteranos Cazé Peçanha e Thaíde, agora o programa conta também com a ex-modelo Mariana Weickert, o músico China e a jornalista Rita Batista à frente das câmaras. Por ter um formato que permite aos apresentadores expressar suas visões pessoais durante as matérias, a troca de seus integrantes resulta em uma nova perspectiva geral dos temas abordados. A atual formação se mostra à vontade com os entrevistados e mais próxima de suas histórias.

Os novos quadros da produção, inclusive, propiciam essa maior aproximação entre os apresentadores e os personagens de cada episódio. No 7 Dias, por exemplo, a cada programa um dos integrantes é escolhido para viver na pele uma situação extrema, como acompanhar a rotina de alcoólatras ou a rota feita pelos haitianos para entrar ilegalmente no País. A experiência é retratada ao público através do olhar particular de cada um deles, assim reforçando o aspecto pessoal da nova temporada.

A qualidade técnica do jornalístico também foi aprimorada. Em busca de uma imagem mais próxima do cinema, o diretor Sebastian Gadea apostou em câmaras 5D para as filmagens do programa. E teve como resultado, além da alta definição, uma fotografia com tons mais escuros que, em conjunto com sua edição dinâmica, já conhecida das temporadas anteriores, torna a produção rápida e mais realista.

Com uma audiência decadente desde a saída de Rafinha Bastos – que foi afastado da emissora em 2011, após polêmica envolvendo a cantora Wanessa Camargo –, A Liga chegou a marcar uma média de 3,2 pontos em 2012. Mas, esse ano, o jornalístico conseguiu alcançar a vice-liderança isolada de seu horário com 10 pontos de média. Sinal de que o programa não apenas estava precisando de uma reformulação, como acertou em cheio em suas novas apostas.

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