quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mariana Weickert: Sotaque fashion








A energia de Mariana Weickert disputa a atenção com o ainda forte sotaque catarinense. A modelo, e também apresentadora do GNT Fashion, exibido pelo canal pago GNT, confessa que já perdeu alguns trabalhos por não controlar o uso do ''tu'' em vez do ''você''. ''Eu não percebo. Já saí do Sul há dez anos. Cheguei a perder um trabalho importante por isso. Minha diretora do GNT Fashion chama minha atenção o tempo todo, mas é mais forte do que eu'', explica, com bom humor.

Aos 26 anos, Mariana completa, em 2009, dez de profissão, mas diz que isso não passa de mero detalhe. ''Claro que tem uma conotação especial por causa dos dez anos, mas a sociedade padronizou que a gente conta os anos de cinco em cinco ou de dez em dez. Para mim é um ano de muito trabalho e de consolidação das coisas que plantei.'' Em um rápido intervalo que teve durante a cobertura do Fashion Rio - evento que ocorreu em janeiro e no qual desfilou para a TNG - para o GNT Fashion (atração comandada por Lilian Pacce), ela recebeu Contigo!.

Na TV
''Hoje, a única coisa em minha vida que se assemelha aos tempos de modelo é a falta de rotina. Não tenho vaidade de estar na televisão, só preciso acreditar no projeto. Estou muito feliz em fazer coberturas para o GNT Fashion. Tentamos tornar o mundo da moda em algo mais acessível. Estou nesse meio desde os 16 anos, entendo como funciona.''

Fuga de Nova York
''Sempre fui muito curiosa e metida. Em 2004, percebi que o meu prazer em trabalhar lá fora tinha acabado. Peguei aversão à vida em Nova York. Morei lá por seis anos. As minhas prioridades mudaram desde que comecei a fazer TV (no fim do mesmo ano, Mariana assinou contrato com a MTV para apresentar o Pé na Areia). Decidi que aquela fase (de Modelo) tinha acabado quando assumi o GNT.''

Os anos na Big Apple
''Tive oportunidade de trabalhar com todos os fotógrafos que sonhei, fiz os desfiles que almejei. Preferi deixar de ganhar mais em Nova York para ser muito mais feliz aqui. Tem gente que continua porque ama o glamour ou quer ganhar mais dinheiro. Morar lá foi importante para mim. Apesar de ter ficado longe dos meus pais, passei da melhor forma por isso. Vivia em um apartamento com 12 meninas, uma completamente diferente da outra. Se não tiver valores, apoio familiar e alguma coisa concreta para manter em sua vida, você cai.''

Longe de casa
''Morava em Blumenau com meus pais e, aos 16, quando cheguei a Paris, me deram um mapa e mandaram eu me virar. Na cidade onde eu vivia, não tinha metrô. Em Paris, morava em um lugar tipo pensão, como se fosse no subúrbio. Quando resolvi voltar, ficou inviável morar com meus pais, porque as coisas começaram a fluir para mim em São Paulo.''

Faz-tudo
''Não tenho muito tempo livre, mas quando dá vou para o escritório da Alór (marca de moda praia). Tenho duas sócias. Uma delas, a Lolô (Maria Eleonor, 26), é a minha alma gêmea. Nós até usamos aliancinhas no dedo. Mas a idéia da grife foi de outra amiga nossa, a Francine (Taulois, 28), que já estudou moda. Brincamos que somos office-boys, administradoras, costureiras, estilistas. Em três meses, já estamos em 19 pontos-de-venda pelo Brasil.''

Namoro discreto
''A vida é corrida, mas essa invenção do celular é muito boa (risos). Dá tempo de namorar. Alexandre (Bossi, 26, com quem namora há um ano e meio) trabalha no mercado financeiro e é uma pessoa discreta. Ele não precisa ficar na berlinda só porque me namora. Entende numa boa o meu trabalho e acho até que tem orgulho. (Mariana mostra a correntinha com os pingentes que leva no pescoço.) O pingente da letra inicial do nome nós compramos juntos e o de coração eu peguei na casa da minha mãe, que é uma jóia minha antiga.''

Desencanada
''Fiz tratamento para parar de crescer a partir dos 2 anos, porque a família do meu pai é muito alta. Nunca fui complexada com isso porque nunca me levei a sério. Comecei a usar sutiã quando uma menina me deu um toque. A gente tinha uma casa de praia em um lugar bastante deserto em Santa Catarina e, até os 13 anos, só usei a parte de baixo do biquíni. Beijei pela primeira vez aos 16 anos. Hoje, ainda estou longe de estar contente com o meu grau de vaidade. Tem dias que passo um hidratante depois do banho, mas tem dias em que lavo o cabelo e não tenho saco de pentear.''


Por Clarice Muniz

http://qa.contigo.abril.com.br/entrevista/mariana-weickert-sotaque-fashion-419093.shtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário